Fonte: Geledés - “Lélia Gonzalez: O feminismo negro no palco da história” é o título da nova edição do Projeto Memória da Fundação Banco do Brasil, desenvolvido em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) e Brasilcap, lançado no CCBB do Rio de Janeiro, no dia 24 de fevereiro. Lélia foi historiadora, antropóloga e filósofa, autora de livros e diversos artigos, além de uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Educadora, ativista e intelectual de destaque seu pensamento contribuiu para a formação de uma consciência crítica em relação aos preconceitos que mantêm mulheres negras em desvantagem na sociedade.

Materiais didáticos

O Memória elaborou 20 réplicas da exposição Lélia Gonzalez; 4 mil kits biblioteca (composto por livro fotobiográfico, DVD do documentário e caixa para acondicionar o material); 4 mil kits pedagógicos (composto por dois almanaques históricos e caixa para acondicionar o material); e o website da homenageada, que ficará hospedado no portal do Projeto Memória com todos os materiais disponíveis para download.

Os kits biblioteca serão, prioritariamente, encaminhados para organizações do movimento negro, núcleos de pesquisas sobre relações raciais das universidades, redes e organizações não governamentais voltadas para a superação do racismo, associações de comunidades quilombolas, comunidades de terreiro e entidades afins. Já os kits pedagógicos serão distribuídos em eventos locais, previstos para acontecer durante o 1° semestre de 2015.

Memória

O Projeto Memória é uma tecnologia social de educação que visa difundir a obra de personalidades que contribuíram significativamente para a transformação social, a formação da identidade cultural brasileira e o desenvolvimento do país. O objetivo é resgatar, difundir e preservar a memória cultural brasileira por meio de homenagens a personalidades que contribuíram para a transformação social e para a construção da cultura nacional.

Em edições anteriores já foram homenageados nomes como o poeta Castro Alves, o escritor Monteiro Lobato, o jurista Rui Barbosa, o navegante Pedro Alvares Cabral, o presidente Juscelino Kubitschek, o sanitarista Oswaldo Cruz, o sociólogo Josué de Castro, o educador Paulo Freire, a feminista Nísia Floresta, o líder da Revolta da Chibata João Cândido, o Marechal Rondon e o poeta Carlos Drummond de Andrade.

Acesse o http://www.projetomemoria.art.br e saiba mais.
Foto: Mira Floriano


O Unicef organizou uma lista com dez itens que vão incentivar mães, pais e crianças a promover uma infância sem racismo. No site da organização, você tem acesso a vídeos e outros materiais de divulgação.

1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!

3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.

4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.

5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.

9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.

10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.



Resolvi começar a me mexer em favor da mobilização da Marcha das Mulheres Negras 2015 no dia 2 de fevereiro de 2015. Durante o dia, li sobre o tema e postei notícias no meu perfil do Facebook. Comecei com fotos da reportagem publicada por “O Globo”, no dia 31 de janeiro, no caderno “Prosa”, com o título “A batalha da Nigéria”. Importante a reportagem, não apenas por suas oito páginas, mas porque trata também das questões das mulheres negras daquele país. Nesse contexto (das mulheres negras), o dramaturgo nigeriano Wole Soyinka, de 80 anos, ativista desde a vida toda, diz: “A Nigéria está desmoronando em termos religiosos. Tudo que o Boko Haram prega vai contra a visão de mundo ioruba. Nós defendemos a igualdade de gêneros, por exemplo, enquanto para eles as mulheres são menos do que seres humanos – diz o dramaturgo sublinhando que os radicais não representam os mulçumanos do país. – O Boko Haram é um bando de homicidas com uma visão distorcida do Islã que quer assumir o controle de comunidades, do Estado e, quem sabe, do mundo. São lunáticos assassinos.” Esse grupo é o mesmo que ganhou visibilidade mundial quando seqüestrou em 15 de abril de 2014, 276 alunas de uma escola de Chibok, cidade cristã no Norte da Nigéria. Elas foram obrigadas a se converter ao Islã e casar com integrantes do grupo. Essas meninas precisam de respostas. Essas mães precisam de respostas. O mundo precisa de respostas. Eu preciso de respostas.

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Mobilização e participação pela CONSULTA PÚBLICA do PLANO ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA LIBERDADE RELIGIOSA E DIREITOS HUMANOS do Rio de Janeiro, convida a todos a participar da consulta até o dia 03 de março, onde lideranças religiosas,sociedade, grupos tradicionais, representantes de direitos humanos, gestores estaduais e municipais, especialistas e interessados podem contribuir para fortalecer e ampliar, divulgando a consulta publica em listas de e-mail da instituição, movimento, realizando encontros, oficinas, onde possam nesses espaços ser discutidos o conteúdo do plano e possíveis propostas.


ceplir.superdir ceplir.superdir@gmail.com




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Ìyádóòde conversando sobre a programação da 12ª Oficina de Inclusão Digital se depararam com uma palestra chamada “Inclusão, Software Livre e Mandinga”. Sem saber do que se tratava, tentávamos imaginar como a palavra mandinga, que significa feitiço, seria contextualizada. Logo, a conversa segue para aquilo que incomoda: discriminação, preconceito. Como a palavra "mandinga" estava sendo empregada na sociedade atualmente? Na Internet, inúmeros sites oferecem “despachos” online para emagrecer, para arranjar namorado/a, passar no vestibular, conseguir casa própria, saúde etc. Num deles há: "Tudo o que você conseguiria fazer num terreiro, na tela do seu computador". Uma foto: um jovem branco sentado no chão, com um computador ligado e rodeado por velas vermelhas. Estigma. 

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Nas oficinas da 12ª OID ( oficina para inclusão Digital e Participação Social ), encontramos uma infinidade de iniciativas vinda de todos os Estados do Brasil. Conheci dois jovens que mostraram um projeto sobre inclusão para deficientes intelectuais, onde ajudam a incluir pessoas com retardo leve e moderado, síndrome de down, paralisia cerebral, síndrome do frágil em um projeto humanitário com excelentes resultados.
    O pensamento comum que me chamou muito a atenção, e que todas as iniciativas visam integrar tecnologia, educação e cidadania, onde os direitos humanos estão sempre em primeiro lugar.
    Trazer coisas do cotidiano para ensinar o uso do computador e da internet para pessoas excluídas, seja do social ou digital, trazendo para perto destas pessoas a informação, serviços, cultura, educação etc., e recolocar este individuo na sociedade. Moradores de rua, deficientes visuais, 3ª idade, contam com projetos e apoio de telecentros, para ultrapassar barreiras da comunicação.
   As tão sonhadas Cidades Digitais que com a democratização do acesso e desafio de inclusão podem nos ajudar a ter serviços de gestão pública de qualidade, saúde, educação e todo o conjunto que assiste o cidadão, e que forma uma cadeia que deve interferir em todo social, mudando a vida das pessoas com oportunidades de formação, de obter renda, e de desenvolvimento.
    Parabéns instituto NUPEF, muito bem representado por Silvana Lemos e Viviane Rodrigues, e parabéns a ONG CRIOLA, pela parceria de tão grandioso trabalho.

Ìyálóòde, Angélica Santos









Ceição! Ceição! – chamei.
– Hã?! Estou lendo. Aprendendo muito com esse livro aqui.

O livro é o Guia de Mobilização – Lei da Mídia Democrática, Liberdade, Pluralidade, Diversidade + Democracia, que Maria da Conceição, a Ceição, liderança comunitária do Vale do Ipê (Rio de Janeiro) e participante do projeto Ìyálóòde, estava lendo durante a 12ª Oficina de Inclusão Digital e Participação Social, Brasília, 11 a 13 de dezembro. Para ela, foi muito importante ter informações sobre a lei de mídia democrática que permita às comunidades indígenas, quilombolas, rurais e urbanas acesso à mídia.


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Governo, empresas e sociedade civil marcaram presença na grande conferência da 12ª Oficina de Inclusão Digital, que acontece de 11 a 13 de dezembro, em Brasília (DF). “Não é um trabalho que foi feito à toa. Foi um processo de construção de muitas mãos. Nós temos certeza, convicção, de que o resultado final do Congresso Nacional será uma síntese revolucionária e que o Brasil vai ter orgulho de mostrar, em abril, na conferência que vai discutir o futuro da internet”. A fala é de Diogo Sant’Anna, da Secretaria-Geral da Presidência da República de Inclusão Digital, anunciando que o Marco Regulatório da Internet no Brasil passou no Senado Federal (dia 11) com neutralidade de rede e as características que a sociedade civil elaborou. 

Temas digitais, como neutralidade da rede e a contraespionagem, por exemplo, estão hoje na ordem do dia de todos os chefes de estado do mundo. Nos dias 23 e 24 de abril de 2014, será realizado, em São Paulo, um encontro mundial de governança na Internet, com a presença da presidenta e o desafio da construção de um novo modelo de governança da internet que seja inclusiva, participativa, democrática e sem o predomínio de nenhum estado sobre o outro. 

Para Sant’Anna, a 12ª OID tem a oportunidade de avançar na discussão sobre o que significa para a nova democracia no Brasil os movimentos sociais das ruas que se organizam em rede. 

Loreni Foresti, Secretária de Logística e Tecnologia da Informação Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, diz que o cidadão tem que conhecer o que o governo federal tem para oferecer, mas principalmente tem que saber o que quer.

Beatriz Tibiriçá, a Beá, do Coletivo Digital, diz que a sociedade civil sabe bem o que quer fazer com o seu telecentro ou o seu ponto de cultura para atender às ansiedades das suas comunidades – uma vez que é no dia-a-dia desses territórios, dessas localidades, que as demandas são construídas. Beá diz que as manifestações de junho deram um novo sabor ao ativismo, mas é a sociedade que tem que dizer como cada instrumento de inclusão digital vai servir a uma maior democratização dos meios de comunicação, a uma Internet que favoreça a sociedade organizada que construiu o Marco Civil e a um plano de banda larga que de fato atenda a quem não pode pagar e chegue com qualidade aos mais distantes lugares. “Vem pra rua incluir com a gente! Nós sabemos o que a gente quer”, disse. 

Na mesma conferência, o presidente do Serpro reafirmou seu compromisso com a qualidade dos telecentros mantidos pela entidade. Rodrigo Assumpção, presidente da Dataprev, destaca que durante um período a sociedade civil se colocou quase à margem dos processos decisórios da oficina de inclusão digital, retomando a discussão dos rumos da oficina, demandando a presença do governo dentro desse espaço de diálogo. “Isso deu certo! A oficina retomou sua posição e o governo reagiu positivamente, apresentando hoje todas as condições de estruturar e aprofundar esse diálogo, resolvendo inúmeros conflitos”, disse. 

Sady Jacques, embaixador da ASL falou sobre inúmeras iniciativas de inclusão digital que foram e/ou são implementadas no Brasil. Ele lembrou também que houve várias barreiras: falta de capilaridade do governo federal; precariedade das prestações de contas feitas por organizações da sociedade civil; problemas estruturais (quebra de velocidade na última milha); aumento acentuado da mobilidade através de dispositivos móveis, tirando o foco dos acessos básicos através de telecentros; falta de unidade da pedagogia; fragilidade dos movimentos sociais etc. Para ele, esse é o momento de o Brasil recuperar o posto de país em desenvolvimento, com informação e conhecimento.



"A gente nunca tá velho para aprender tecnologia. O telecentro pode curar até depressão. Curou a da minha mãe. Essa inclusão é maravilhosa", diz Beatriz Pereira, do telecentro de Raposo (MS), durante o debate Uso das TICs por grupos de mulheres organizadas - Grupo Ìyálóòde, no primeiro dia da 12ª Oficina de Inclusão Digital, que acontece de 11 a 13 de dezembro, em Brasília (DF). Para Mayara Oliveira, participante Ìyálóòde, foi significativo cada relato sobre as histórias de como a tecnologia está cada vez mais infiltrada nas nossas vidas. Para Bina Macedo, também Ìyálóòde, conseguir falar com a comunidade através do rádio é maravilhoso, além disso para ela foi muito importante ver que há histórias de uso de tecnologias por pessoas com deficiência intelectual.







Por Silvana Lemos - A gravação do programa Unidiversidade com o tema "Inclusão digital de mulheres líderes comunitárias" foi hoje à tarde (6 de dezembro de 2013) na Fiocruz. As Ìyàlóòde deram um show no seu conhecimento sobre os direitos das mulheres e o que o uso das tecnologias de informação e comunicação pode ampliar o seu trabalho enquanto líderes religiosas. O programa vai ao ar em fevereiro mas elas estarão presentes para debater o direito a inclusão digital e participação social na 12a. Oficina para Inclusão Digital e Participação Social.